wtorek, listopada 07, 2006

Cartinhas

Amor pra Recomeçar
(Frejat)

Eu te desejo não parar tão cedo
pois toda idade tem prazer e medo
e com os que erram feio e bastante
que você consiga ser tolerante

Quando você ficar triste
que seja por um dia e não o ano inteiro
e que você descubra que rir é bom
mas que rir de tudo é desespero

Desejo que você tenha a quem amar
e quando estiver bem cansado
ainda exista amor pra recomeçar,
pra recomeçar

Eu te desejo muitos amigos
mas que em um você possa confiar
e que tenha até inimigos
pra você não deixar de duvidar

Quando você ficar triste
que seja por um dia e não o ano inteiro
e que você descubra que rir é bom
mas que rir de tudo é desespero

Desejo que você tenha a quem amar...

Desejo que você ganhe dinheiro

pois é preciso viver também
e que você diga a ele pelo menos uma vez
quem é mesmo o dono de quem

Desejo que você tenha a quem amar...


Nada melhor do que começar um post sobre música com uma música!
E essa eu escolhi por estar falando algo que se insere no meu cotidiano atualmente... Mas que todos deviam levar em conta, obviamente. (Eu recomendo que leiam a letra com atenção.)

Vou colocar aqui três cartinhas que mandei ao *Folhateen (uma em 2004, as outras duas este ano) e foram publicadas. Espero que gostem!


Sobre a Seção de Música (10/08/2006)

Voltando a falar de música, a cada edição do Folhateen parece que temos mais o que elogiar no caderno. Até pouco tempo atrás, confesso que acreditava que vocês estavam entrando em um período de decadência. Agora, porém, tenho me surpreendido com a qualidade de matérias sobre música que vocês têm publicado: Ramones, Iggy Pop, Talking Heads, e, é claro, o camaleão mais influente do mundo da música, David Bowie, ganham mais espaço na mídia jovem! Acho muito bacana vocês passarem informações sobre as bandas que os nossos pais ouviam, mostrando que o rock não tem nem idade nem geração definidas. Fora o preconceito contra bandas setentistas e oitentistas, como Roxy Music! Temos mais é que abrir a cabeça tanto para as novas quanto para as antigas manifestações culturais!

A Respeito da Matéria sobre Blondie (01/01/2006

Gostei muito da matéria sobre a banda dos anos 70, Blondie, que vocês publicaram hoje, 31/07/2006. Traidora ou não, ela foi muito importante tanto no aspecto musical quanto no da atitude (que punk não se lembra da foto de Debbie mostrando a calcinha no palco do CBGB?! Ou dela na cama com Joey Ramone?!). Se Blondie deixou de ser punk, foi porque o mundo todo já começava a se engajar na New Wave; bandas como Sex Pistols viriam a dar origem a grupos pós-punks, como o Public Image Ltd., ou a se caricaturizar, como o lendário Iggy Pop. Uma pena foi Blondie ter acabado, uma benção foi este novo CD ser lançado (que está, aliás, muito bom!). Parabéns, Folhateen, por ter "ressucitado" a imagem de uma das mais influentes bandas dos anos 70 e de toda a história do punk e do rock'n'roll! A foto que que vocês publicaram para ilustrar a matéria, essa vai para a minha parede, junto com outros pôsters!

Sobre a Matéria de Giuliano Manfredini (19/04/2004)

Vivemos num tempo, num mundo onde tudo é descartável e passageiro. Poucos permanecem na cabeça, na lembrança das pessoas, e, a meu ver, estes poucos são os bons. Em tempos de guerra, Gandhi é citado. Goethe, com seus versos e sua prosa ainda não foi esquecido. Não, pelo menos, quando falamos de sentimentos, quando acreditamos que eles ainda existam. E é falando deles que nossos corações despertam, deixando de lado a razão completa e a lógica que, em nossos tempos, nos ocupa a mente o dia todo.
A matéria sobre Renato Russo, escrita por seu próprio filho (Giuliano Manfredini), nos faz lembrar, como ele mesmo diz, que estes sentimentos estão dentro de nós e não deveríamos esquecê-los. Deveríamos sonhar um pouco mais. Deveríamos continuar acreditando nos sentimentos humanos e nos lembrar que há muita gente boa que não deveria ser deixada de lado. É difícil, a rotina e os deveres nos engolem, a lógica e os conceitos também. Quando li as poucas palavras de Giuliano, lembrei-me da doce voz de Renato a cantar: "amar ao próximo é tão demodê". Seria bom se pensassemos nisso sempre.


***

*Desculpem o puxa-saquismo, mas eu realmente gostei das matérias! As outras cartas mandadas a eles, com críticas mais... hum... ácidas?... não eram sobre música, logo não se inseriam neste post.

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