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niedziela, lutego 10, 2008

papoula

"Non, ce ne fut pas pour la recherce d'une volupté coupable et paresseuse qu'il commença à user de l'opium, mais simplement pour adoucir les tortures d'estomac nées d'une habitude cruelle de la faim."

(C. Baudelaire, Un mangeur d'opium)



Se antes eu bem comia para não ter de remediar as dores de estômago, hoje tomo milhões de pílulas para comer sem ardências e refluxos.

środa, lutego 06, 2008

brumas

L'étranger
(C. Baudelaire)


- Qui aimes-tu le mieux, homme énigmatique, dis ? Ton père, ta mère, ta soeur ou ton frère ?
- Je n’ai ni père, ni mère, ni soeur, ni frère.
- Tes amis ?
- Vous vous servez là d’une parole dont le sens m’est restée jusqu’à ce jour inconnu.
- Ta patrie ?
- J’ignore sous quelle latitude elle est située.
- La beauté ?
- Je l’aimerais volontiers, déesse et immortelle.
- L’or ?
- Je le hais comme vous haïssez Dieu.
- Eh ! qu’aimes-tu donc, extraordinaire étranger ?
- J’aime les nuages… les nuages qui passent… là-bas… là-bas… les merveilleux nuages !

poniedziałek, listopada 19, 2007

a moça

"Agora que temos nossa casa é a chave que sempre esqueço" (Legião Urbana)
"I don't care if Monday's blue, Tuesday's gray and Wednesday too..." (The Cure)






Fazia algum tempo já, e ela acostumara-se a pingar de casa em casa, quarto em quarto, salas e sofás para dormir. Vivia de favores até com seus pais, e não percebia, mas adaptara-se tão completamente a esta vida que só os laços de amizade eram eternos. O amanhã imprevisível e o que havia passado, havia passado.
As Flores do Mal como livro de cabeceira. Um comedor de ópio voraz que mudara a sua forma de pensar numa noite de crises e colapsos.
O Macário como descrições líricas de paisagens companheiras.
Os sonhos e delírios como temas favoritos para qualquer coisa que viesse na cabeça
A compaixão do polonês somada à hospitalidade do brasileiro como metas a uma nação.



E a personagem pronta, vive, boêmia e feliz, simples e profunda. Como você e eu.

impressions



O mais famoso, só pra dar um gostinho especial ao blog.
Afinal, há tempos não tínhamos imagens aqui!

poniedziałek, października 08, 2007

"Neste país é proibido sonhar"

Andar de cima:

Vrrrrrruuuuuuuuuuóóóóóóóeeemmmmmmm.....
Tum toc tum. TUM. Toc tum toc.

Andar de baixo:

- Atenção! O teto vai cair!
- E se cai o teto, foi o chão que desabou!
- Ah! Mas isso já aconteceu faz tempo!
- Como assim?!
- É assim: nós só temos teto, porque o chão foi-se embora. O piso está em cima. Apoiamos-nos com a cabeça no duro desse gesso.
- Vocês então voam?
- Flutuaríamos... Mas graças a Deus temos o teto, que aperta e comprime nossas cabeças, e não nos deixa chegar aos céus.

malditas sejam as núvens, carregadas de sonhos úmidos, impaupáveis, inapreensíveis.

***

Eu improviso



Em casa: pessoas reformam o apartamento de cima.
Janela aberta: buzinas, motores, a obra do metrô. Oficinas, marcenarias, mecânico.
Um prédio está sendo construído.
A rua: as mesmas pessoas. - Olá! - Você por aqui?! ... Carros todos estranhos, de passagem.
No trabalho: um estúdio. Paredes sendo montadas, tábuas de madeira marteladas, o cheiro de tinta.
A vida de quem faz teatro e não atua. A cidade de quem desconhece o habitual e só enxerga o teatro da vida dos outros.
O mundo é cenário; atitudes interpretação; pensamentos são ensaios; sentimentos o improviso.

***

Eu vou ali um pouco brincar com meus amigos, cantar alguma coisa, encher a cara e... Talvez depois... Só depois eu te tiro pra dançar... (Se você quiser, é claro!)

***

É sempre do avesso que se fazem as frases, as cenas, os sentimentos e as relações. Como se estivessem ali para nos lembrar: não, o tempo não é linear e a vida quer fugir da rotina.
Enquanto isso, a retina esconde os atos impensados e os impulsos calculáveis.

***

Mas que velocidade toda é essa?! É São Paulo, que se esconde por trás de barulhos, e cheiros, fumaças, multidões.

***


A prosa é o caminho do equilíbrio buscado por poetas desamorosos. Os prosadores são pedras. Os poetas o vento.
A água evapora no ar, o fogo derrete o sólido.

***


As idéias existem e se perdem e somem quando a alma materializa-se por sob a ponta de uma caneta: palavras não são mentiras; a realização de idéias sim.

***


O concreto e o piche e o cal podem ser resumidos no latido seco do cão raivoso. Ele agora chora, com a voz rouca de tanto fumar poluição.

cont.

Maldito pedaço de você que em mim fincou, ferindo-me lenta e cruelmente. E agora sangro no entorno deste pedaço, e você nem viu... Não está mais aqui. Foi procurar-se sozinho, tentar juntar os próprios pedaços perdidos no deserto, resultantes da explosão de si mesmo no momento errado: quando eu estava ali por você.
Agora estou machucada, talvez letalmente, com um pedaço de você cravado em mim, e não posso recolher as outras partes suas no deserto da alma de todo mundo.

***

O vazio torna-se verdade quando se olha para o horizonte e o que se vê é a fumaça cinza misturada com o opaco azul do céu marrom.

***

O nascer do sol não é vermelho, mas roxo. Roxo como os teus olhos quando sorriste pela primeira vez.

***

Foi quando comecei a escrever que alguém me interrompeu para dizer:
- É hora do almoço! A comida ta na mesa!
E então me lembrei que ainda estamos vivos, e a lembrança transformou-se em pensamento, e coloquei-me a escrever novamente, do ponto de onde tinha parado: a vaga lembrança de ainda viver.

***

Escrevi seu nome, como Drummond melancólico, com o arroz e o feijão... Com o macarrão da sopa de letrinhas. Faltou-me infelizmente uma letra (algo comum de ocorrer a jovens poetas): a letra E que utilizei para iniciar a frase.

***

Romântica, não hesita em olhar o céu vagamente azul e nublado, e pensar mais uma vez: Klopstock!

***

O Amor só existe para aqueles que nunca o sentiram.

***

Esqueci-me do que ia dizer. Menti no que escrevi. Escrevi o que acabei de esquecer.

***

Ontem escrevi uma poesia tão triste que, ao invés de afago da alma, tornou-se um veneno para corações sensíveis, e cujo efeito é tão tentador que se faz rapidamente, antes mesmo de nele repararmos: ele enrijece quem quer que leia o poema, tornando qualquer um entorpecido e lascivo.

***

Vivemos ainda!

środa, czerwca 13, 2007

Breton

Por uma Arte Revolucionaria Independente

ANDRÉ BRETON E LEON TROTSKI

Alguns pontos interessantes do encontro entre estes dois líderes (extraído do site http://www.culturabrasil.org/poruma.htm ) :


  • Uma aliança em prol da civilização, da vida, do ser humano em sua plenitude de manifestações.
  • Nenhuma barreira, nenhum tipo de controle, nenhum limite aos sonhos, à cultura ou à arte, que todos nascem no mesmo lugar.
  • Um libelo pela mais plena e absoluta liberdade de expressão, sem qualquer tipo de amarras.
  • A arte jamais deve ser reduzida a serviçal do capital.
  • Se destruir uma obra de arte é considerado por todas as pessoas sensíveis um gesto hediondo, como classificar o gesto de impedi-la de sequer existir

"O que queremos:

a independência da arte - para a revolução
a revolução - para a liberação definitiva da arte."

wtorek, czerwca 05, 2007

Manifesto Romanz

MANIFESTO ROMANZ

PELA VOLTA À HUMANIDADE

  1. CONTRA O SER HUMANO-MÁQUINA CONTRA HOMENS-MENINOS, PELA CRIANÇA QUE HÁ DENTRO DE TODOS OS HOMENS
  2. CONTRA NAMOROS CLICHÉS
  3. CONTRA RELACIONAMENTOS PASTICHES
  4. CONTRA A CARÊNCIA QUE DESTRÓI ALMAS HUMANAS
  5. CONTRA AS PAIXÕES MIMETIZADAS E HUMANAMENTE CRIADAS
  6. CONTRA AS AMIZADES DECADENTES
  7. CONTRA A LUTA ENTRE CLASSES
  8. CONTRA MANIFESTAÇÕES PEQUENO-BURGUESAS
  9. CONTRA A REVOLUÇÃO PROLETARIADA
  10. CONTRA O MULTICULTURALISMO
  11. CONTRA O PRINCIPIO MASSIFICADOR DA IGUALDADE
  12. CONTRA O IMPERIALISMO PÓS-MODERNO
  13. CONTRA O CONSUMO DE ALMAS
  14. CONTRA O CONSUMISMO TERAPEUTICO