piątek, marca 30, 2007

It's all true


Oh boy, is it all true!

Simplesmente porque o Kieslowski é o rei dos cinemas, porque tudo o que ele fez pode servir como referência para qualquer ato, porque ele é um artista.
Eu nunca tinha pensado que documentários pudessem retratar características tão sólidas, porém tão abstratas da existência humana. E talvez eles não possam. Kislowski pode.

Um gênio?
Um poeta?
Um artista?
Um homem!

E viva Kieslowski, viva seus filmes!


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Para mais informações, é só acessar o link abaixo

http://www.bdetudoverdade.com.br/2007/mostras/kieslowski1.asp?lng=

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Outro filme que vale a pena conferir é Santiago, do João Salles.


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Não sei se vocês perceberam, mas o idioma do blog é em Polonês. Adivinhem o motivo!



POST ALTERADO

czwartek, marca 29, 2007

texto abaixo

Sobre o texto abaixo, nada muito a comentar.
Eu estava ouvindo Chopin enquanto escrevia, como vocês podem perceber.
Aceitei algumas sugestões do Ricardo (êêê! :] rsrs)... uhn... Mas foram só algumas palavrinhas :P
Ah! Ele foi feito a partir da idéia que eu tinha de um Curta, com Chopin de trilha, então imaginem uma cena como um Kieslowski, tá?

(Na verdade, eu escrevi só pra não esquecer a idéia. hehehe)

Noturno

A tarde já caíra havia algum tempo. A lua banhava a cidade com seus plácidos raios, como um oceano em noites calmas. Agora ninguém andava nas calçadas: estavam todos recolhidos em suas casas, após o dia agitado que passara. As luzes da cidade começavam a se acender, uma por uma, com as suas lâmpadas amarelinhas, contrastando com o pálido luar que iluminava o céu, as nuvens, as pontas dos altos edifícios. Ao longe, um piano tocava notas calmas, suaves e belas. Era Chopin. Alguém passava em frente à casinha de uma senhora já um tanto quanto velhinha, que lia o romance infantil de Sir James Barrie. Suas expressões e seu olhar alteravam de acordo com cada página, parágrafo, linha, palavra; e, de repente, lágrimas começaram a palpitar sob sua íris iluminada: eram as lembranças da infância que ela por muito tempo guardara escondidas dentro daquele livro maravilhoso. Eram os desejos de voltar à Terra do Nunca, só mais uma vez... Sonhos de meninice que agora retornavam à memória, aos olhos, ao coração.

A grande porta de madeira que permanecera o dia todo fechada, melancólica, ouvia ruídos dentro da casa que protegia. Um rostinho pequeno e muito branco pintou suas cores na janelinha que ficava no meio da porta. Um olhar assustado, estampado naqueles olhos escuros, prestava atenção na rua. Se não fosse ainda muito pequeno, dir-se-ia que era poeta. O garoto contemplou a paisagem de seus finais de tarde, puxou com muita força a pesada porta e, com um gesto rápido, saiu de casa, trazendo a porta para si, a fim de fechá-la. Com o pacotinho debaixo do braço direito, acariciou o gato da senhorinha que ainda se deleitava esperando por Peter Pan. - Se não virasse poeta ao crescer, é porque iria permanecer com cinco anos para sempre. - E seguia seu caminho com o pacotinho apertado ao corpo, após ter deixado o animalzinho para trás.

Foi quando, ao ouvir o som do piano, que ainda vibrava o suave Noturno primeiro de Chopin, mudou o seu rumo, escorregando por ruelas sombrias e estreitas, cujo contraste entre o amarelinho dos postinhos das ruas e o pálido brilho do luar parecia não penetrar. Parou em frente a um edifício frio e escuro de pedra, sentou-se no degrau que havia para separar a porta (também muito grande e ameaçadora) da calçada por onde viera, se apoiou na parede a seu lado esquerdo e ficou a ouvir a música que dali saía, inundando o ar, misturando-se com o sopro do vento e beijando os poucos raios da lua que ali chegavam. O garoto fechou os olhos, com o pacotinho apoiado agora sobre suas pernas. Tirou a boininha que lhe protegia a cabeça do frio e ficou a pensar. Sentiu a música, que conhecia como velha amiga. Ele entendia Chopin e era como se o mesmo acontecesse de maneira oposta. Se não continuasse para sempre criança, seria pianista.

Ali o garoto aguardou por cerca de mais dois atos, alguns erros e acertos e notas de improviso. A música então cessou. Ouviu-se em seu lugar passos de pessoas, muito calmos, uma voz terna masculina, e outra voz, muito falha e idosa respondendo-lhe. A porta se abriu e, onde ela antes se postava, o dono da primeira voz apareceu. O menino olhou para cima, se adiantando para levantar. O moço olhou para baixo e sorriu. Talvez fosse ele próprio Chopin; talvez seu olhar sincero traduzia-se na música que ainda há pouco tocava em seu piano; e, talvez, o sorriso não escondesse a alegria de ver o menino que antes o escutava e compreendia-o apaixonadamente, sentado a sua porta, sentindo os seus desejos, amores e sofrimentos.

Com um gesto desajeitado, o garotinho estendeu o pacotinho que trazia nas mãos, colocando de volta a sua boininha e baixando humildemente os olhos, evitando o olhar daquele por quem sentia compaixão. O outro aceitou o pacotinho, e, numa atitude espontânea, abraçou o menino. Este retribuiu o abraço, enquanto o homem se ajoelhava para ficarem os dois com a mesma altura e para poder apertá-lo mais forte, transmitir mais emoção. No rosto do garoto, algumas lágrimas já escorriam, enquanto que nos olhos do moço, agora fechados, a serenidade se misturava com alegria e calma. Os dois se amavam.

wtorek, marca 06, 2007

A poesia abaixo

A respeito da poesia abaixo. Eu fiz ela baseada na frase do Bruno que vem antes (como vocês, cultos leitores de poesia, já devem ter percebido)... Na verdade, era pra ser uma música, só que como eu não tenho o meu violão aqui e não sei fazer apenas letras, sem um ritmo ou melodia definidos, então virou poesia! hehehe
Isso também deriva do fato do meu hábito de ler Drummond antes de dormir (tá tá! esse hábito vem de menos de um mês pra cá! rsrs, mal de quem está estudando pra Fuvest.)
Mas eu ainda vou fazer uma música dessa poesia, mesmo tendo que alterar um pouquinho a letra.

Espero que vocês - e o bruno em especial - gostem!

[música & poesia]

Luta
“Acorde, Levante e lute” (Bruno)



Abra os olhos, garoto,
E veja o mundo a seu redor.
A manhã é tão bonita,
O sol brilha e caminhões se movimentam:
Estão todos indo trabalhar,
Todos lindos, alinhados, cada um em seu lugar.
Os outros meninos choram,
Mas você não quer se levantar.
O que adianta viver sonhando
Quando se tem um mundo pela frente?
Acorde e busque um sentindo
Para a sua existência.
O sistema te oprime,
Mas você não deve se entregar.
O que adianta ir dormir
Com tantos planos na cabeça
Se o dia seguinte será tomado
Por preguiça e fracassos?
Abra os olhos, garoto;
Enquanto os outros meninos estão chorando,
Os caminhões continuam se movimentando
Nesta manhã tão clara e quente.
O verão está bonito,
Mas o verão vai acabar.
Levante-se garoto,
Eles precisam de você.
Há um mundo a conquistar,
Há mais de mil razões para viver.

sobota, marca 03, 2007

TERRORISMO POÉTICO

ATENÇÃO

O QUE FAZER EM CASO DE INCÊNDIO??
DEIXE QUEIMAR!

Versos Livres

As coisas acontecem sim de maneira diferente
Quando se machuca lembranças antigas,
Quando se sente que o velho mundo se foi
E faz tanto tempo, que ninguém percebeu.
E o mais duro de tudo é quando se olha pra trás
E percebe-se que tudo isso passou
Apaticamente.



Versos livres são imperceptivelmente quase inconscientes... É como se fluíssem de maneira tão harmônica pela imaginação, que, quando vemos, eles já estão no papel.

Para que sátiras? O mundo pode ser bonito se quisermos.

Vendo cadernos antigos eu descobri que estou tão diferente do que era que fica quase difícil de me reconhecer. E, ao mesmo tempo, os sonhos e sentimentos são iguais.


01/2007

Matéria favorita: História
Mundo imaginário: Quase realista, mas apático.