środa, kwietnia 18, 2007

Urodziny

dzisiaj, środa, kwiecień 18,

velha, cansada e cheia de responsabilidades, de luto assistindo ao enterro das últimas faíscas de minha infância. se "ninguém assistiu ao formidável enterro de tua última quimera" *, ninguém também vai lamentar o fato de ontem ter sido o último dia da imaturidade sem-desculpas.
e que venha um novo javali, e novos galos para lhe apresentar, e novas cobras para lhe defender **. o mundo é grande e bonito, e eu sou jovem ainda. e cada dia desta nova fase da vida ilumina uma vontade cada vez maior de conhece-la.

parabéns pra mim! eu mereço!


***


* Versos Íntimos (Augusto dos Anjos)
** Javali, galo e cobras: inspirado em aspectos do budismo


***


NUNCA LEVE NADA A SÉRIO.

poniedziałek, kwietnia 16, 2007

A data mais especial esse ano será:
środa, kwiecień 18.

:)

wtorek, kwietnia 03, 2007

prosa poética

Cinema (o filme)

A câmera são uns olhos de um corpo que não respira; é uma memória sem saudades; o olhar sem preconceitos.
A câmera é o mecanismo cruel do que é belo; a verdade mentirosa; a representação da vida talhada, entalhada, lapidada, criada; a natureza do artificial.
A câmera não olha, ela enxerga; não assusta, assombra; não faz doer, machuca; não debate, impõe; não ama, transmite sentimentos.
A câmera é dura, é fria, é amarga.
Mas o personagem é a alma da câmera; e o telespectador é o seu espírito; e o filme é a sua vida; e o diretor é o seu deus.

dois Vinicius

Uma letra e um trecho.
Só pra mostrar o quão genial era esse homem, que de poeta virou diplomata, de diplomata virou músico e que, como músico, voltou a ser poeta.
soneto trecho de Apelo
(Vinicius de Moraes e Baden Powell)
De repente do riso fez-se o pranto,
silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espaumadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento,
Que dos olhos desfez a última chama,
E da paixão fez-se o presentimento,
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente não mais que de repente,
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo, o distante,
Fez-se da vida uma aventura errante,
De repente não mais que de repente.
Tarde em Itapoã
(Vinicius de Moraes e Toquinho)
Um velho calção de banho
O dia pra vadiar
Um mar que não tem tamanho
E um arco-íris no ar
Depois na praça Caymmi
Sentir preguiça no corpo
E numa esteira de vime
Beber uma água de coco
É bom
Passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Falar de amor em Itapuã
Enquanto o mar inaugura
Um verde novinho em folha
Argumentar com doçura
Com uma cachaça de rolha
E com o olhar esquecido
No encontro de céu e mar
Bem devagar ir sentindo
A terra toda a rodar
É bom
Passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Falar de amor em Itapuã
Depois sentir o arrepio
Do vento que a noite traz
E o diz-que-diz-que macio
Que brota dos coqueirais
E nos espaços serenos
Sem ontem nem amanhã
Dormir nos braços morenos
Da lua de Itapuã
É bom
Passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Falar de amor em Itapuã

niedziela, kwietnia 01, 2007

Poesia Romântica

Ilusões de Vida
(Francisco Otaviano )
Quem passou pela vida em branca nuvem
E em plácido repouso adormeceu;
Quem não sentiu o frio da desgraça,
Quem passou pela vida e não sofreu,
Foi espectro de homem - não foi homem,
Só passou pela vida - não viveu.
Esse foi o primeiro poema romântico que aprendemos em aula, no segundo colegial, quando o professor começou a explicar Romantismo.