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wtorek, grudnia 18, 2007

nostalgia

Dores de cabeça, remorso, nariz doendo (sim: nariz doendo), olhos vermelhos, lágrimas de um olho só, garganta irritante, língua sem sentido, tontura. Ânsia? Um pouco. Vertigens, vertigens. Delírio? Um pouco. Ecos nos olhos. Abraços do vento. Envolve-se com as colchas, a coberta, edredon. O ursinho sorri, elefantinho alegre. Saudades do chá da mãe, dos biscoitos da vovó, do deseínho animado divertido, bonitinho, sensível, educativo.

O que seriam devaneios? Seriam sonhos acordados?
Não. Seriam sonhos soltos, sonhos jogados, sonhos desconectados da mente: os sonhos materializados em algum conceito externo.

Eu não falo do Amor. Eu falo do bem-estar que há muito endureceu, quebrou-se. Bem-estar feito em cacos, como a antiga lasquinha que me fez sangrar.

por que nos esquecemos sempre do que íamos falar?

niedziela, października 21, 2007

breve momento

As árvores se revoltam contra o cheiro de fogo e a fuligem negra. As folhas não caem, e são verdinhas, verdinhas... O chão é coberto de flores rosa, o céu quer ser azul brilhante, mas a lua está quase cheia hoje, encostando-se numa cobertura de nuvens cinza-claro, que formam um colchão macio.
As árvores debatem-se zangadas e as suas sombras misturam-se com o céu. O ar é quente, cheio de poeirinhas e animaizinhos levantados do chão.
Eu sonho histórias para contar.

niedziela, października 14, 2007

o cheiro do frio

Chove. Faz frio. O vento é gelado e úmido. A paisagem romântica complementa-se com o cheiro de lareira misturado com pássaros voando e cantando, e o latido de um cão. Amoras azedas caem do pé. Eu gostaria de estar lá fora, na rua, a fazer parte do ambiente, da cena, do mundo, mas paredes e janelas me prendem neste carro, quarto, nesta casa vazia e escura, quente.

a tarde

Adiante uma hora o seu relógio e descobrirá que acordou às 14h hoje. Ouça Cazuza e entenderá melhor este post.


Cazuza estava tocando no rádio. Um acorde forte, a bateria pesada, ritmos rápidos. As músicas são tão belas e combinam tanto com o que vivemos... Mas eu não faço showzinhos e não tenho cartão de crédito.

***

O velho apartamento cheirava agora a quarto de hotel, quando a viagem é longa e agradável: o banheiro era como quando chegamos, com as expectativas do que encontraremos, e a sala era como quando partimos, sabendo que nada mais ficará além de boas lembranças e fotos bonitas, e que os próximos hóspedes continuarão a nossa história do ponto de onde deixamos.

frags. 3

A comédia de Godard não poderia ser mais bela que os beijos roubados por Doinel duma Cristina. Por que o glamour fugiu-nos? Certamente que não foi a culpa de jovens burgueses maconheiros (vulgo playboyzinhos maconheiros de merda).

***

Lutamos por causa do Amor e nos acovardamos por culpa do desprazer de lutar.

***

Viver na lacuna é correr para lugar nenhum. É melhor saber que não chegaremos a nada do que duvidar da existência do fim.

***

O frio tem um cheiro denso e entorpece, e o calor se demonstra através do barulho de sapatos sobre um tablado de madeira.

sábado 13

escrito em 13/10/2007 por La Maie

Com o tempo a gente esquece e relembra aquilo que mais marcante foi na juventude. Pecado pode ser não sentir mais o que todos os dias estava presente em nosso corpo. Hoje foi, para mim, uma dessas vezes em que revivemos aquilo que estava à flor da pele durante muitos dos meus anos de juventude. Ainda sou jovem, e fico feliz que a minha infância foi resguardada deste sentimento físico. Hoje acordei com aquilo que me acompanhava nas manhãs colegiais: a vontade de vomitar. E a idéia de me reacostumar com a dor ansiosa que sai da boca do estômago e corre direto ao esôfago voltou à minha cabeça, como se o corpo quisesse mesmo é expelir emoções e pensamentos.

piątek, października 12, 2007

1.2

parabéns! parabéns! hoje é o seu dia, que dia mais feliz!

12 de outubro. o meu, o seu, o NOSSO dia!! :)
felicidades para todos nós! e um bom dia das crianças a todos!



+ Paulo Autran.
++ Ontem: Renato Russo

fragmentos

Dois fragmentos de um texto acabado:

"Hoje eu percebi como é difícil se desfazer de coisas velhas. O valor emocional que elas carregam, momentos que nos fazem lembrar... Ah! Quão felizes éramos um dia! E que risadas doces demos por sobre essas coisas! Dá até para ver a marquinha feita pelo ácido de lágrimas salgadas..."

"O cheiro antigo do perfume.
As saudades não bastam sobre estas coisas todas. É necessário ainda muito limpar, o armário já está quase vazio."

fogo !

a seca secou o suor que escorria.

muros, estradas, casas, condomínios.

faz bem desmatar !

wtorek, czerwca 05, 2007

Manifesto Romanz

MANIFESTO ROMANZ

PELA VOLTA À HUMANIDADE

  1. CONTRA O SER HUMANO-MÁQUINA CONTRA HOMENS-MENINOS, PELA CRIANÇA QUE HÁ DENTRO DE TODOS OS HOMENS
  2. CONTRA NAMOROS CLICHÉS
  3. CONTRA RELACIONAMENTOS PASTICHES
  4. CONTRA A CARÊNCIA QUE DESTRÓI ALMAS HUMANAS
  5. CONTRA AS PAIXÕES MIMETIZADAS E HUMANAMENTE CRIADAS
  6. CONTRA AS AMIZADES DECADENTES
  7. CONTRA A LUTA ENTRE CLASSES
  8. CONTRA MANIFESTAÇÕES PEQUENO-BURGUESAS
  9. CONTRA A REVOLUÇÃO PROLETARIADA
  10. CONTRA O MULTICULTURALISMO
  11. CONTRA O PRINCIPIO MASSIFICADOR DA IGUALDADE
  12. CONTRA O IMPERIALISMO PÓS-MODERNO
  13. CONTRA O CONSUMO DE ALMAS
  14. CONTRA O CONSUMISMO TERAPEUTICO

środa, kwietnia 18, 2007

Urodziny

dzisiaj, środa, kwiecień 18,

velha, cansada e cheia de responsabilidades, de luto assistindo ao enterro das últimas faíscas de minha infância. se "ninguém assistiu ao formidável enterro de tua última quimera" *, ninguém também vai lamentar o fato de ontem ter sido o último dia da imaturidade sem-desculpas.
e que venha um novo javali, e novos galos para lhe apresentar, e novas cobras para lhe defender **. o mundo é grande e bonito, e eu sou jovem ainda. e cada dia desta nova fase da vida ilumina uma vontade cada vez maior de conhece-la.

parabéns pra mim! eu mereço!


***


* Versos Íntimos (Augusto dos Anjos)
** Javali, galo e cobras: inspirado em aspectos do budismo


***


NUNCA LEVE NADA A SÉRIO.

poniedziałek, kwietnia 16, 2007

A data mais especial esse ano será:
środa, kwiecień 18.

:)

wtorek, kwietnia 03, 2007

dois Vinicius

Uma letra e um trecho.
Só pra mostrar o quão genial era esse homem, que de poeta virou diplomata, de diplomata virou músico e que, como músico, voltou a ser poeta.
soneto trecho de Apelo
(Vinicius de Moraes e Baden Powell)
De repente do riso fez-se o pranto,
silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espaumadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento,
Que dos olhos desfez a última chama,
E da paixão fez-se o presentimento,
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente não mais que de repente,
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo, o distante,
Fez-se da vida uma aventura errante,
De repente não mais que de repente.
Tarde em Itapoã
(Vinicius de Moraes e Toquinho)
Um velho calção de banho
O dia pra vadiar
Um mar que não tem tamanho
E um arco-íris no ar
Depois na praça Caymmi
Sentir preguiça no corpo
E numa esteira de vime
Beber uma água de coco
É bom
Passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Falar de amor em Itapuã
Enquanto o mar inaugura
Um verde novinho em folha
Argumentar com doçura
Com uma cachaça de rolha
E com o olhar esquecido
No encontro de céu e mar
Bem devagar ir sentindo
A terra toda a rodar
É bom
Passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Falar de amor em Itapuã
Depois sentir o arrepio
Do vento que a noite traz
E o diz-que-diz-que macio
Que brota dos coqueirais
E nos espaços serenos
Sem ontem nem amanhã
Dormir nos braços morenos
Da lua de Itapuã
É bom
Passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Falar de amor em Itapuã

sobota, marca 03, 2007

Versos Livres

As coisas acontecem sim de maneira diferente
Quando se machuca lembranças antigas,
Quando se sente que o velho mundo se foi
E faz tanto tempo, que ninguém percebeu.
E o mais duro de tudo é quando se olha pra trás
E percebe-se que tudo isso passou
Apaticamente.



Versos livres são imperceptivelmente quase inconscientes... É como se fluíssem de maneira tão harmônica pela imaginação, que, quando vemos, eles já estão no papel.

Para que sátiras? O mundo pode ser bonito se quisermos.

Vendo cadernos antigos eu descobri que estou tão diferente do que era que fica quase difícil de me reconhecer. E, ao mesmo tempo, os sonhos e sentimentos são iguais.


01/2007

Matéria favorita: História
Mundo imaginário: Quase realista, mas apático.