niedziela, października 21, 2007

luzes e reflexos

Hoje, todas as cores estão desbotadas: o céu é dum cinza cru... Os caules das árvores são marrons igualmente cru, com musgos cru. As folhas formam coberturas verde-cru sobre as ruas, que projetam as escuras sombras cru. Carros resmungam cruamente, e cachorros latem pêlos cru. O vento traz um cheiro cru para as narinas de um gato dorminhoco. As folhas escorregam pelo chão de pedra cru, fazendo um som seco, muito cru. E no calor da sala, iluminada por um laranja vivo, admiro a paisagem entrando pela minha janela: se lá fora postes, muros e ninhos de pássaros estão cru e desbotados, daqui de dentro, o azul vivaz da luz que entra fere a minha retina, querendo me lembrar que as fantasias são reflexos de uma realidade nascida antes do tempo.


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Os contornos são inexistentes nas coisas, que não têm sombras. A luz azul é contornada pela branca desbotada, tornando-se claro o limite de ambas. O contraste com a luz laranja é fortemente visível:ela se espalha pelo ambiente, como as ondas no oceano. Faz calor e venta pouco.

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