tag:blogger.com,1999:blog-372651342024-03-05T22:27:01.574-03:00antenapassado, presente e futurolalbhttp://www.blogger.com/profile/01583008946221863836noreply@blogger.comBlogger85125tag:blogger.com,1999:blog-37265134.post-66136489669689852242008-06-25T03:40:00.000-03:002008-06-25T03:41:23.505-03:00brainstorm surrealista [2]<div align="justify">Se a metáfora é a lei, interpreto a rua, interpreto meu irmão, interpreto a gravidade da mão louca que me procurava naquela noite. Reverenciei-me às perguntas. E dancei sem dançar, sem ninguém ver. Então me veio aquela idéia de que eu podia fazer o que quisesse, e foi o que eu fiz: comecei a cantar e a dançar, por cima da cama, dentro do chuveiro... Estava aproveitando a liberdade que me tinham dado aquele dia.<br /><br />Meu cima era baixo, meu baixo meu cima. Brinquei de olhos fechados. Confortável, muito confortável, me abandonei e me prendi na ausência. Na ausência eu ouvia o silencio dos dinossauros a brincar lá fora. Bichinhos de estimação daquela época de meninice. Poder fazer tudo isso sem ninguém saber, ninguém ver. E o melhor: não nos ouvirem. Aí me aconteceu uma coisa surpreendente. Foi que naquele momento, o mito do êxtase se abateu. E conheci-o simples, como a pedrinha que chutava no caminho pra escola. Ele era lindo, sorriso no rosto, olhos bem pretos. Coisa estranha isso, porque eu tinha só 10 aninhos e não pensava em outra coisa que em brincar. Era o meu primeiro amor, talvez o único. O responsável pelo futuro de cachorro correndo atrás do rabo.<br /><br />Poderia eu terminar assim?! Caindo, subindo, soltando, trancando, brincando, morrendo...?! Não quero essa vida pra mim! É por isso que pensei que talvez, se fosse procurá-lo, tentar recomeçar... A vida seria outra coisa, coisa boa. Mas isto não faz parte da história que eu contava. Os fatos se sucederam muito estranhamente a partir daquele dia. Não pude mais ler, cansei do cinema, da musica, não mais visitei as galerias. Um grande cansaço me roubara. E eu só podia cegar, calar, deixar a visão embaçar, aos ouvidos só ruídos assombrosos. Aí eu desmaiei. Acordei no dia seguinte no hospital, meus pais ao pé da cama, quarto particular. Estava internada. Internada porque decidi correr atrás dele na rua, correr por impulso, sem olhar para os lados. Depois disso ele veio me visitar algumas vezes. Permanecemos amigos durante todo o tempo do colégio, mas aí ele se mudou... Me ligou semana passada para conversarmos, parece que precisava de uma advogada e ouviu falar de mim.</div><div class="blogger-post-footer">cinema, kieslowsky, criticas, cronicas, opiniões, diacrianos, terrorismo poético, taz, etc;</div>lalbhttp://www.blogger.com/profile/01583008946221863836noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-37265134.post-20216541824428408582008-06-25T03:02:00.001-03:002008-06-25T03:04:54.987-03:00brainstorm surrealista<div align="justify">Brincadeira surrealista adaptada para o pc. Ainda tem alguns probleminhas, mas a gente vai aprendendo com o tempo.<br /><br /></div><div align="justify"> </div><div align="justify">Esta foi com a Nana, mas seria legal se os outros ajudassem. :)</div><div align="justify"><br /><br /> </div><div align="justify">A noite estava fria e a neblina pesava sobre nossas cabeças congeladas. A unica coisa na qual se podia pensar era nos antigos amores absurdos. Absurdos porque estranhos, impensáveis realmente. Mas tudo parecia ocorrer por causa dos fantasmas que voltavam para remoer os pés daqueles que caminhavam aquela hora pela rua: os protagonistas desta estranha e bizarra estória.<br /><br />Eu até imagino que a vida não seja só uma linha de tempo. Gostaria de experimentar a idéia de vida e tempo em círculos, como os mitos indígenas de qualquer lugar. Mas nesta cidade, tudo era quadrado. Quadrado como o céu, como as nuvens, como a prórpria neblina do inverno, o sereno do calor. Tudo passando correndo, mais rápido do que as letras que se juntam no meu pensamento. Um turbilhão que se repete e voa e zumbi um zumbido de eternidade passiva, porque a eternidade nunca poderia ser ativa. As coisas funcionavam assim ali e naquele momento. Ah, e a poesia! Amor, sublime amor absurdo! Vinho sublime do louco amor segredo do absurdo. Subamos! Até que trombemos o topo da cabeça com o chão dos céus. Subamos! Para as nuvens! Voemos sempre! Eu quero encontrar os meus fantasmas! A minha alma é tão estranha quanto o mar! E se reflete... Evapora... Vai em busca de nós todos, barrocos, mas sensatos. Se é que poderíamos ser sensatos com esta imensidão, este abismo. Aos pés. E já vem já. Se já vêem querubins me carregar, não sei. Não sei do que ele me falava naquele momento, só sei que era algo sobre a história da terra e do vento e da neblina que nos cercava aquela noite. Parecia que sonhava, um pesadelo talvez... Mas era tudo, tudo, tudo verdade.<br /><br />Ai a verdade... Um batalão de metáforas, metonímias e antropomorfismos... Ai se ele me flagrasse. Ai o tesão de ser flagrada por tudo, por todos.</div><div class="blogger-post-footer">cinema, kieslowsky, criticas, cronicas, opiniões, diacrianos, terrorismo poético, taz, etc;</div>lalbhttp://www.blogger.com/profile/01583008946221863836noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-37265134.post-30834137717784907722008-03-06T23:54:00.004-03:002008-03-07T00:00:09.829-03:00o homem<div align="justify">É mentira, nos vimos sim... Umas quatro ou cinco ou dez vezes mais. Através da vidraça, vitrine molhada... Nevoada de sujeira e vapor. Tudo fica, no entanto, no ar... Não foi o olhar suave, mas o sorriso avermelhado em seus lábios o que surpreendeu. Eros? Não. Ânteros. Compaixão. Talvez o contato humano seja a saída para todos os problemas do mundo... - moderno.</div><div align="justify">Sou jovem ainda. Adolescentes são doentes crianças, adultos arruinados ainda. Adultos são adolescentes crescidos, imaturos, responsáveis. Sacaninhas. No mau sentido mesmo. Adolescente? Não, criança... Sou jovem.</div><div class="blogger-post-footer">cinema, kieslowsky, criticas, cronicas, opiniões, diacrianos, terrorismo poético, taz, etc;</div>lalbhttp://www.blogger.com/profile/01583008946221863836noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-37265134.post-88313267177069914762008-03-05T16:14:00.004-03:002008-03-05T16:16:53.743-03:00Confusão confusa<div align="justify">Combinei um jantar para sexta. Aguardo resposta de alguém que demora... e demora muito! E, no entanto, sexta-feira chega. E talvez o jantar fique para alguma outra sexta, se é que será na sexta. Se é que será jantar.</div><div class="blogger-post-footer">cinema, kieslowsky, criticas, cronicas, opiniões, diacrianos, terrorismo poético, taz, etc;</div>lalbhttp://www.blogger.com/profile/01583008946221863836noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-37265134.post-11966206205930847422008-02-28T02:13:00.004-03:002008-02-28T02:20:54.220-03:00pais e filhos"Sonhem, sonhem com ele!"<br />Pequeno poema sonoro:<br /><br />***<br /><br />tuntun - tuntun - tuntun<br /><br />vvvvvvvVVVVvVvVV<br /><br />tuntun-tuntun-tuntun<br /><br />ZzzzzZZZZzzz<br /><br />vvvvvvVvvvVvvvvVVVVVv<br /><br />tuntun - tuntun - tuntun<br /><br />VvVVvVvVV<br /><br />zzzzzzZZZZZzzzzzzzZz<br /><br />tuntun - tuntun - tuntun<br /><br />E acordado na noite ainda<br />ouço o som das vagas nuvens<br />A chorar adeuses e encantos<br />A uma vida tão sofrida!<br /><br />zzzZzZzzZZZ<br /><br />tuntun - tuntun - tuntun<br /><br /><div>......írio que te há de mat...</div><div></div><br />priiiiiiiiiiiiinnnnnnnnnnnnn<br /><br />?!?!<br /><br />Filhoo, não dormiu hoje de novo??<div class="blogger-post-footer">cinema, kieslowsky, criticas, cronicas, opiniões, diacrianos, terrorismo poético, taz, etc;</div>lalbhttp://www.blogger.com/profile/01583008946221863836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37265134.post-14701611864389806772008-02-28T01:06:00.006-03:002008-02-28T01:10:42.607-03:00Elogio ao Amor<div align="justify">Querendo ou não, Amor tem cheiro de flores e imagem de sangue jorrando. O som? Coração pulsante. E ventos que uivam a noite inteira. Ventos fofoqueiros! Reclamões! Amigos... Conversam, distraem-se, e espantam a tempestade que estaria para chegar.<br /><br /></div><div align="justify"></div><div align="justify">Mas o Amor é como as fadinhas:</div><div align="justify">quando a primeira criança deu seu primeiro sorriso, milhões de fadinhas nasceram;</div><div align="justify">quando cada criança desacredita em fadinhas, uma morre.</div><div class="blogger-post-footer">cinema, kieslowsky, criticas, cronicas, opiniões, diacrianos, terrorismo poético, taz, etc;</div>lalbhttp://www.blogger.com/profile/01583008946221863836noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-37265134.post-45908271576244814492008-02-18T23:58:00.001-03:002008-02-18T23:58:40.740-03:00Poesia<div align="justify">Pés pretos. A pomada escorre na pia, amarga, ardida. A privada vazia; a tampa abaixada. Azia. O peso. Garganta seca. Chove. A mochila cai pesada sobre os ombros. Nas costas. Cabelo molhado. Uma Rocha. Ando sobre o asfalto, respiro o concreto. O pó; a vida. Cabeça dolorida. O frio. O vento. Gotas cortantes. A traição mascarada; surpresas escorrem, amargas, ardidas. O peso do pacote nas costas. É tudo o que tenho. Mochila caída no ombro. Nas costas. Respiro a Rocha. Chove. Cabelo molhado. Espirro; caderno fedido. Pés sujos. O peso. Palavras. </div><div class="blogger-post-footer">cinema, kieslowsky, criticas, cronicas, opiniões, diacrianos, terrorismo poético, taz, etc;</div>lalbhttp://www.blogger.com/profile/01583008946221863836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37265134.post-20100718673119950202008-02-10T02:49:00.000-02:002008-02-10T03:05:50.558-02:00papoula<div align="justify">"Non, ce ne fut pas pour la recherce d'une volupté coupable et paresseuse qu'il commença à user de l'opium, mais simplement pour adoucir les tortures d'estomac nées d'une habitude cruelle de la faim."<br /><br /><strong>(C. Baudelaire, Un mangeur d'opium)</strong><br /><br /></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5165211545159372034" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiB17VvRYXv3kX9tzMGbdyU5MrpiXMovRbq7dPm6ypFCS8ECGREJG6zHC-2MI9Y3-jv42mGX7Mns33O_YXfAzFjpuVZ4dUj7tK84S-as1ZP5OyTlioSzIZJ616CSLEiuXOj09LE/s320/papoula.jpg" border="0" /><br /><br />Se antes eu bem comia para não ter de remediar as dores de estômago, hoje tomo milhões de pílulas para comer sem ardências e refluxos.<br /><p></p><div class="blogger-post-footer">cinema, kieslowsky, criticas, cronicas, opiniões, diacrianos, terrorismo poético, taz, etc;</div>lalbhttp://www.blogger.com/profile/01583008946221863836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37265134.post-20147941403867972312008-02-10T02:34:00.000-02:002008-02-10T02:40:22.318-02:00Paisagem<div align="justify"><em>Once upon a time...<br /><br /></em></div><div align="justify">Sob um céu turquesa, de nuvens e rastros aéreos em branco, tinta pastel, os edifícios, palácios, se faziam, suaves, derretidos no rio de águas verdes. O sol brilhava friorento, pássaros geométricos, escuros, deslizavam no céu. A paisagem escorria, como uma tela semi-desbotada. Tela de aquarela, que se faz e se apaga; descolore-se aos poucos sem ninguém perceber.</div><div class="blogger-post-footer">cinema, kieslowsky, criticas, cronicas, opiniões, diacrianos, terrorismo poético, taz, etc;</div>lalbhttp://www.blogger.com/profile/01583008946221863836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37265134.post-74918711004493345162008-02-06T02:57:00.000-02:002008-02-06T02:59:15.802-02:00brumas<div align="justify"><strong>L'étranger </strong><br /><em>(C. Baudelaire)</em><br /><br /><br />- Qui aimes-tu le mieux, homme énigmatique, dis ? Ton père, ta mère, ta soeur ou ton frère ?<br />- Je n’ai ni père, ni mère, ni soeur, ni frère.<br />- Tes amis ?<br />- Vous vous servez là d’une parole dont le sens m’est restée jusqu’à ce jour inconnu.<br />- Ta patrie ?<br />- J’ignore sous quelle latitude elle est située.<br />- La beauté ?<br />- Je l’aimerais volontiers, déesse et immortelle.<br />- L’or ?<br />- Je le hais comme vous haïssez Dieu.<br />- Eh ! qu’aimes-tu donc, extraordinaire étranger ?<br />- J’aime les nuages… les nuages qui passent… là-bas… là-bas… les merveilleux nuages !</div><div class="blogger-post-footer">cinema, kieslowsky, criticas, cronicas, opiniões, diacrianos, terrorismo poético, taz, etc;</div>lalbhttp://www.blogger.com/profile/01583008946221863836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37265134.post-40449795370699232652008-02-05T23:43:00.000-02:002008-02-06T00:00:47.714-02:00poema de botequim<div align="justify">Joe Strummer. Chapéus, cálices, cigarros. Ele sorri. Olhar terno, casaco quente, roupas escuras. Seu cabelo é já grisalho, olhos azuis. A pele é bem branca e começa a enrugar. Descrevo toda a poesia, como uma fotografia subjetiva, que apreende apenas o momento físico das sensações. Inapreensível, seu sorriso se fecha e ele pergunta. Me olha fixamente. Pago o chá, já são quase seis horas. Empurro a pesada porta de vidro e me perco na chuva. Ele continua ali, calmo, suave, impassível... Gentil, nunca mais nos vimos.</div><div class="blogger-post-footer">cinema, kieslowsky, criticas, cronicas, opiniões, diacrianos, terrorismo poético, taz, etc;</div>lalbhttp://www.blogger.com/profile/01583008946221863836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37265134.post-79535005408592829582007-12-28T18:50:00.000-02:002007-12-28T18:57:40.455-02:00cheiro de mar (o delirio e a decepção)<div align="justify">Voltava para casa e desejava escrever suas memórias na carteirinha do clube. Mas estava vencida e o clube fechado. Pensou nas palavras todas... Frases se formavam aleatoriamente, sons bonitos... Era uma música estranha. Um delírio talvez. Em outra língua.<br />Passava por sobre o viaduto, na direção do mar. Estava muito próxima do mar. O carro na sua frente carregava pranchas de surf e malas de viagem. O cheiro de areia e sal invadia sua narina. O sol era quente, queimava seu braço, seu rosto vermelho... Ardia. Mas ela continuava seu caminho, olhava a paisagem: sempre em direção ao mar. Pensava no mergulho. A música que tocava ela ouvira no Carnaval passado. Sim, música de Carnaval! Marchinhas...<br />O carro da frente bem lento. Pessoas na rua andavam de bicicleta e acenavam. Ah... a praia, as férias! O cheiro de maré tranqüila!<br />E o suco de laranja ainda se fazia sentir em sua boca. E era o único modo de se sentir refrescada. Suco refrescante. Sentidos e reflexos satisfeitos. E a direção do mar.<br />Árvores, flores, plantas, cachorros e gatos no meio do caminho... O dia estava lindo, ensolarado. Ela fechara os olhos agora, e ria. Ria ao ritmo da música. O outro Carnaval, velhos amigos, a praia... O sol... A lua cheia sobre as águas, que belo!<br />Carros de jovens alegres dirigindo, o sol muito forte. Todos felizes, o verão chegara!<br />E então ela atravessou o rio, passando pelo viaduto. E chegara na praia, ao mar. E saiu de seu carro. O carro da frente estacionara também. Jovens rapazes de bermudas e guarda-sóis. Ela com sua toalha e livros. Passou pelo portão: a praia! E foi mergulhar no mar refrescante, o corpo suado. E no oceano não havia água! O oceano secara!</div><div class="blogger-post-footer">cinema, kieslowsky, criticas, cronicas, opiniões, diacrianos, terrorismo poético, taz, etc;</div>lalbhttp://www.blogger.com/profile/01583008946221863836noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-37265134.post-14437443925230997142007-12-28T01:11:00.001-02:002007-12-28T01:16:38.076-02:00pré-mon-içãoEm 2008 eu quero tudo o que foi apagado aqui.<div class="blogger-post-footer">cinema, kieslowsky, criticas, cronicas, opiniões, diacrianos, terrorismo poético, taz, etc;</div>lalbhttp://www.blogger.com/profile/01583008946221863836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37265134.post-19410884056258043892007-12-22T03:47:00.000-02:002007-12-22T03:53:19.663-02:00reclamaçãoReclamaram que aqui só se fala de dor.<br />Se esqueceram que pra quem já foi blasé isso aqui tá é muito é bom!<br />Mas será que a gente muda tanto assim?<br />Acho que a gente só se esconde...<br />São namoros, cavalos, cachorros, gatos, luar, amigos, festas, sorrisos, comida, sono, filmes, TV, chuva, tempestade, livros, trovões, sono, sonhos, poesia, sono, olhares, pálpebras... dormir... desligar, acordar, acreditar... aceitar também.<br /><br />É... A gente só se esconde.<br /><br /><em>[as fraquezas fazem parte, já que nem tudo é arte.]</em><div class="blogger-post-footer">cinema, kieslowsky, criticas, cronicas, opiniões, diacrianos, terrorismo poético, taz, etc;</div>lalbhttp://www.blogger.com/profile/01583008946221863836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37265134.post-45901584830308788002007-12-22T00:06:00.000-02:002007-12-22T00:15:57.671-02:00sem telefone<div align="justify">Malditos sejam esses aparelhos eletrônicos modernos.</div><div align="justify">Tecnologia porca!<br /><br /></div><div align="justify">A comunicação deveria voltar a ser feita através de bilhetinhos, cartas, recados, fofocas boca-a-boca, pedrinhas batendo na janela, mocinhas pulando a janela, bicicletas, cavalos, carruagens, espiões atrás da porta... </div><div align="justify">- Quer ir ao cinema hoje, querida? </div><div align="justify">- Oh, sim! Mas esperemos meu pai dormir! </div><div align="justify">- Quer ir comigo ao baile? </div><div align="justify">- Ah... Não dá, desculpa. Já tenho um par, hihihi.</div><div class="blogger-post-footer">cinema, kieslowsky, criticas, cronicas, opiniões, diacrianos, terrorismo poético, taz, etc;</div>lalbhttp://www.blogger.com/profile/01583008946221863836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37265134.post-74567738778618175552007-12-18T16:10:00.001-02:002007-12-18T16:20:34.834-02:00nostalgia<div align="justify">Dores de cabeça, remorso, nariz doendo (sim: nariz doendo), olhos vermelhos, lágrimas de um olho só, garganta irritante, língua sem sentido, tontura. Ânsia? Um pouco. Vertigens, vertigens. Delírio? Um pouco. Ecos nos olhos. Abraços do vento. Envolve-se com as colchas, a coberta, edredon. O ursinho sorri, elefantinho alegre. Saudades do chá da mãe, dos biscoitos da vovó, do deseínho animado divertido, bonitinho, sensível, educativo.<br /><br /></div><div align="justify"></div><div align="justify">O que seriam devaneios? Seriam sonhos acordados?</div><div align="justify">Não. Seriam sonhos soltos, sonhos jogados, sonhos desconectados da mente: os sonhos materializados em algum conceito externo.<br /><br /></div><div align="justify"></div><div align="justify">Eu não falo do Amor. Eu falo do bem-estar que há muito endureceu, quebrou-se. Bem-estar feito em cacos, como a antiga lasquinha que me fez sangrar.<br /><br /></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"><em>por que nos esquecemos sempre do que íamos falar?</em></div><div class="blogger-post-footer">cinema, kieslowsky, criticas, cronicas, opiniões, diacrianos, terrorismo poético, taz, etc;</div>lalbhttp://www.blogger.com/profile/01583008946221863836noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-37265134.post-76924721924229098732007-12-17T22:42:00.001-02:002007-12-17T22:57:15.580-02:00natal?e ainda têm coragem de dizer que o natal é belo, belíssimo!<br />natal tem sua força, natal é cerimonioso, natal sorri de harmonias e tons graciosos. natal tem graça, mas não beleza! o natal, hoje em dia, se apóia em algo que não existe mais. valores, condutas, etiquetas, família, amigos, gestos de carinho, gestos gentis... gestos infelizes, infantis, gordos em olhos, gordos nos bolsos: presentes inúteis, inútil festa fatídica.<br /><br />e por defesa própria, digo: sempre gostei de natal.<br />mas nunca gostei das luzinhas bonitas que brilham... apagam-se e se ascendem, e nos fazem lembrar: a sua vida é sagrada, mas seu Deus morreu. o que é sagrado então?<br />a nostalgia da infância. a infância se foi.<br />a festa é agora embriagar-se, beijar, sexar, amar, servir como escravos às nossas próprias obrigações, condutas morais, natal, oh natal, é natal!<br /><br />e por defesa própria digo outra vez: eu sempre gostei do natal.<br />a festa, a comida, a família reunida.<br />mas o que é família? quem passa fome? a festa é isso ou a festa é dançar, desamar, pornografizar o Amor ao Deus que morreu? grotesco!<br /><br />mas o natal é forte e sobrevive. natal é bonito, natal é assim:<br />natal é natal, e não adianta chorar:<br />natal é nostálgico, é pra celebrar<br />o passado, o mundo feliz a cantar<br />às estrelinhas que brilham no céu,<br />debaixo da chuva, calor infernal...<br />calor desumano, Amor egóico,<br />mas o que isso importa?<br />pois natal, é natal!<div class="blogger-post-footer">cinema, kieslowsky, criticas, cronicas, opiniões, diacrianos, terrorismo poético, taz, etc;</div>lalbhttp://www.blogger.com/profile/01583008946221863836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37265134.post-13840190310320339072007-12-17T22:33:00.000-02:002007-12-17T22:58:26.002-02:00língua sangrenta<div align="justify">sem pneumonia, sem falhas, sem gestos.<br />a língua rasgou, sangrou, amoleceu, ficou entorpecida.<br /><br />a nostalgia do cheiro de cal e telha molhada. a noite cheira bem com flores abertas. e os sons de crianças brincando n'alguma piscina, sons de máquinas e conversas noturnas em carros parados ainda vibram nos ventos sombrios.<br />a festa não acabou, e a essência de churrasco repete-se a cada instante.<br /><br />a dança sorriu hoje à noite.<br />o amigo chorou no ombro das árvores agitadas.<br />a lua bocejou entediada, e adormeceu ao tocar nas nuvens macias.<br /><br />a poesia não existe mais. e você ainda diz que Amor é carnal.<br />Amor não existe para espíritos sensiveis, mas para rechear as almas carentes, vazias de vida, vácuo vibrante.<br /><br />o vento chora, ou sopra, ou briga.<br />e os livros chamam ainda para o estudo.<br />estudo desditoso, desgostoso, des-tudo: des-resposta, des-saudades, des-tempo,<br />a-mor-al.</div><div class="blogger-post-footer">cinema, kieslowsky, criticas, cronicas, opiniões, diacrianos, terrorismo poético, taz, etc;</div>lalbhttp://www.blogger.com/profile/01583008946221863836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37265134.post-22380702303712957792007-11-28T00:08:00.000-02:002007-11-28T00:13:42.806-02:00vedere<div align="justify"><em>Criar.</em> Não, não criarei nada. Porque palavras e pensamentos se mesclam, os olhos fecham-se para a luz que tenta penetrá-los. Olhos virgens de graça e sinfonias. Olhos puros, mas sem brilho. Olhos que, por medo, não se puseram a viver. A alegria abandonou-os quando fugiram da incerteza. A falta de coragem foi-lhes o engano maior, a falta maior. E, agora, machucados, sonham. E choram. Por trás de pálpebras pesadas.</div><div class="blogger-post-footer">cinema, kieslowsky, criticas, cronicas, opiniões, diacrianos, terrorismo poético, taz, etc;</div>lalbhttp://www.blogger.com/profile/01583008946221863836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37265134.post-13571516914304355252007-11-28T00:06:00.000-02:002007-11-28T00:08:42.355-02:00ontemSão Paulo rege cinza sobre nós sua sinfonia de uivos* e lágrimas em tom vibrante.<br /><br /><br />* <em>Do original: ruivos</em><div class="blogger-post-footer">cinema, kieslowsky, criticas, cronicas, opiniões, diacrianos, terrorismo poético, taz, etc;</div>lalbhttp://www.blogger.com/profile/01583008946221863836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37265134.post-48971537944398702202007-11-28T00:02:00.000-02:002007-11-28T00:03:46.675-02:00fugaonde está o texto?? cadê meu texto?? eu deixei ele aqui, ó!!! <strong>cadê a droga do texto?! ahhhhhh!!!! eu quero meu textoooo!!! CADÊ?????????????????</strong><div class="blogger-post-footer">cinema, kieslowsky, criticas, cronicas, opiniões, diacrianos, terrorismo poético, taz, etc;</div>lalbhttp://www.blogger.com/profile/01583008946221863836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37265134.post-15185145601018855972007-11-27T23:53:00.000-02:002007-11-27T23:54:48.221-02:00terça-feira ?e o mundo nos fez crer que não poderia estar pior.<div class="blogger-post-footer">cinema, kieslowsky, criticas, cronicas, opiniões, diacrianos, terrorismo poético, taz, etc;</div>lalbhttp://www.blogger.com/profile/01583008946221863836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37265134.post-81485473480958763262007-11-20T00:39:00.000-02:002007-11-20T00:54:13.383-02:00toró<em>Finjamos que o texto a seguir foi escrito em tinta <strong>preta</strong>.<br /><br /><br /></em><br />"Imagina, fazer a FUVEST com pneumonia? Aí vai o monitor lá no hospital pra você poder fazer a prova." (Bruno, de bicicleta, embaixo do temporal)<br /><br />Imagina um caco de vidro entrando no pé após ser arrastado pela chuva.<br />Imagina alguém de sandálias do lado do cemitério da Consolação, quando a enchente já começou.<br />Imagina um vento muito muito forte.<br />E a cólica! Se imagina agora com cólica!<br />E tudo isso se for pra visitar amigos antigos que nem te imaginam passando por lá...<br /><br /><br />[obviamente não acaba aqui, mas há a preguiça e o sono....]<div class="blogger-post-footer">cinema, kieslowsky, criticas, cronicas, opiniões, diacrianos, terrorismo poético, taz, etc;</div>lalbhttp://www.blogger.com/profile/01583008946221863836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37265134.post-21556672964902766022007-11-20T00:18:00.000-02:002007-11-20T00:32:40.220-02:00transcrição<em>Relíquias do início do mês:</em><br /><br /><br />Sempre tem alguém, no meio do caminho, para nos acordar e nos trazer de volta ao que chamam de vida. E morremos por dentro, iludimos os sentidos, desfazemos os sonhos para retornar ao estranhismo do lado de fora: a ilusão apelidada de realidade.<br /><br />***<br /><br />Mais um avião caiu, e o meu maior medo prevalece: um choque frontal na rodovia do amor.<br /><br />***<br /><br />Ainda dormem os meus sentidos: o que faço agora é automático. Se estou escrevendo, é por sonambulia. Não penso e não existo, reajo ao mundo material para que me entendam. Eu, por mim, continuaria servindo ao império de meus sonhos.<br /><br />***<br /><br />Tudo se resume à vontade de viver. Mas o que é vida, afinal?<br /><br />***<br /><br />E, de repente, eles me mostraram o caminho do mundo e o sentido da vida. Eu sei o que eu quero, mas não sei como encontrar. Tudo está do avesso.<br /><br />[há um texto. mas é melhor não transcrevê-lo.]<div class="blogger-post-footer">cinema, kieslowsky, criticas, cronicas, opiniões, diacrianos, terrorismo poético, taz, etc;</div>lalbhttp://www.blogger.com/profile/01583008946221863836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37265134.post-17040774206611885282007-11-20T00:05:00.000-02:002007-11-20T00:14:23.743-02:00Grãos de Outubro<div align="justify"><em>Farelos varridos para baixo do tapete:<br /><br /></em></div><div align="justify"><em></em></div><div align="justify">Nômade. Como os outros desertores.<br /><br />***<br /><br />Não sei se é o cansaço por si só, ou o gosto pelo conforto, mas o sedentarismo, a comida bem feita, a bebida fresca e boas noites de sono, faz-me bem! A vontade de ficar e relaxar aumenta, junto com as saudades de quando caminhar era só ilusão.</div><div align="justify">Velhas emoções são estimuladas novamente, e duram pouco, são como faíscas da madeira raspando na pedra.<br /><br />***<br /><br />O vento grita, corre, desenvolve-se e escorrega no céu. Bate na rocha, estoura em construções, leva consigo folhas, flores, poeira, animais. As árvores resistem; a grama também.</div><div align="justify">O vento hoje está irritado, revoltado, é o sopro quente que sai da boca de um dragão. O seu barulho arrepia, se corpo corta como navalha. Parece que estamos submersos num rio transbordante que se joga montanha abaixo.<br /><br />***<br /><br />Os sons da infância: cheiro de Amor e saudade.</div><div class="blogger-post-footer">cinema, kieslowsky, criticas, cronicas, opiniões, diacrianos, terrorismo poético, taz, etc;</div>lalbhttp://www.blogger.com/profile/01583008946221863836noreply@blogger.com0