poniedziałek, września 10, 2007

criatividade

Era uma vez, há muitas e muitas cores daqui, um morro cujo cume era tão branco e tão belo, coberto com neve e raios de sol, que mais se assemelhava a uma pintura do que a uma montanha real. Era feito de um tipo de pedra especial, muito acinzentada, e que brilhava como espelhos quando refletida na quente água de dias de primavera. A Natureza ali vivia intensamente, acordando todos os dias e noites para as estrelas e para o Sol (um deus cujo corpo não pode ser visto, senão por uma águia, e cujo sopro pode ser sentido em qualquer lugar deste mundo gigante).

Neste dia, o vento soprava de cima da montanha, trazendo para os outros seres vivos - e para os não tão vivos assim também - um cheiro de creme, que, ao tocar em nossos pelos com o seu frio e seco pensamento, fazia-nos sentir aquele doce sabor da neve que nunca se acabava em seu pico. Uma pequena borboleta saía de seu esconderijo dentro da imensa caverna gelada do morro, e batia as suas asas coloridas que brilhavam junto com a montanha e os raios de nosso deus Sol.

O movimento feito pela borboleta ao agitar suas asinhas podia ser tão facilmente capturado por nossos quatro principais sentidos que pareceria muito belo tampar os olhos, fechar a boca e o nariz, e sentir o seu barulhinho correndo pelos ventos gelados. Ela seguia voando em tranqüilidade por entre árvores, pequenos arbustos e campos gramados, e foi só quando viu abaixo de si as águas de um pálido lago que se contentou e começou a voar mais devagar. Era suave o modo como se movia, querendo provavelmente saciar a sua sede (se em cores próximas da nossa as borboletas não bebem água, nesta elas bebiam...), por sobre o lago que refletia o cume do grande morro.

Por um instante poderíamos crer que a borboleta estava se mirando na transparência das águas do lago. De repente, como que de surpresa, um peixe saltou muito alto e comeu a pobre borboleta. Ela, no entanto, não se chateou com a atitude aparentemente traiçoeira do peixe. Muito pelo contrário, estava tranqüila como todos os habitantes daquela harmoniosa Natureza, regida pelo grande Sol, por ter seu destino se cumprido de maneira suave e calma... Podendo, assim, ter aproveitado os deliciosos aromas de sua vida, e a calorosa compaixão de seu Astro (o Sol) por todos aqueles para quem seus raios brilhavam todos os dias.

1 komentarz:

Nana Ribeiro pisze...

Ai Lari... Que delícia,que lindeza! Vou dormir muito mais gostoso!

Um beijão, minha frõ,

Nana