środa, listopada 29, 2006

Hoje

Explicações, para que servem? Sempre me fiz esta pergunta e nunca consegui achar uma resposta convincente (se alguém souber, por favor, me diga). Esta, no entanto, não é a questão.

A Fuvest passou, e, com ela, nenhuma expectativa minha foi junto.
Nada, nada...
Eu fui bem, pelo menos...
Serviu como teste...

Ainda aprenderei a colocar aqueles numerosinhos na frente das palavras para poder explicá-las em notas de roda-pé e não precisar utilizar o serviçozinho meio porquinho que eu usei no texto anterior.

Perdão.

Estava eu escrevendo uma redação (já atrasada) para a escola, mas não consegui continuar. Precisarei de ajuda... Tenho ainda um trabalho sobre Salvador Allende para entregar e um caderno todo de História da Arquitetura para copiar. Capricho. Os professores vão ver só! Assim não terminarei o ano tendo que ouvir reclamações do tipo: "mas você anda tão folgada!"

De resto, nada mal.
Basta às burocracias! Elas travam a criatividade e a sinapse livre do cérebro.

Fui interrompida. Até mais.

Allons y! Alle critiche!

spleen e charutos

Dia blasé.


*Vem tu agora,
Fantástico alemão, poeta ardente
Que ilumina o clarão das gotas pálidas
Do nobre Johannisberg!
Nos teus romances
Meu coração deleita-se. . . Contudo
Parece-me que vou perdendo o gosto,
Vou ficando blasé, passeio os dias
Pelo meu corredor, sem companheiro,
Sem ler, nem poetar. Vivo fumando.**
Minha casa não tem menores névoas
Que as deste céu d'inverno. . . Solitário
Passo as noites aqui e os dias longos


Não adianta: hoje o tédio me pegou de maneira triste e forte, profunda e delicada. Não consigo de jeito nenhum escrever a redação que tenho para amanhã, e nem ler as diversas fontes necessária para fazer o trabalho sobre o Chile. O documentário a assistir também não foi rodado no meu vídeo.
Perdoem a falta de qualidade dos textos.

***

* Álvares de Azevedo, Idéias Íntimas parte I
** Eu não fumo. É a poesia.

poniedziałek, listopada 27, 2006

Ausência

Muitos foram os motivos de minha ausência: lições de casa, saídas com amigos, idas ao cinema e à videolocadora e até uma sinusite que me pegou de surpresa. Mas o que hoje me interessa aqui são as idas ao cinema e os filmes que aluguei.
Antes, vou contar uma breve histórinha:
As coisas não se passaram como o esperado, logo não assisti ao Volver na sexta-feira. Para compensar, vi O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, que a Yas me emprestou e fiquei de *(não) devolver. **Vou, aliás, assistir-lhe de novo, assim que puder.
Volver nós vimos no sábado, quando a Ká veio aqui em casa. No domingo, saí com a ***Fê e ela me emprestou Tudo Sobre Minha Mãe, o filme favorito da Line feito pelo Almodóvar. Acho que verei com a Nana assim que puder.
Outros filmes que assisti essa semana foram ****Adeus Lênin e *****A Fraternidade é Vermelha. Ontem, quarta-feira, fui à USP para a apresentação de um documentário de sociologia, mas dormi no meio do filme e me decido agora não comentar a respeito.

***

* Um roubo formal. Repensei sobre o assunto, vou sim devolver. [é o filme favorito da Yas, tadinha..]
** Eu nunca tinha assistido. Comecei a vê-lo, mas logo a Nana me ligou e parei no meio. De repente, me vi cercada de pessoas estranhas, dançando estranho samba e rock. Olhei para o Dani, para a própria Nana e percebi o estranhamento também dos dois. A Tati tocava na percussão. Ao voltar pra casa, já de madrugada, terminei de ver Amélie, sem mais das esquisitas interrupções.
*** Ou Cooper, como era conhecida na SiEM.
**** Já havia assistido antes - comentários de acordo com a demanda.
***** Um dos mais maravilhosos filmes que eu já vi. Merece um posto próprio, assim como Amélie.

***

Filmes a falar:
- O ano em que meus pais saíram de férias
- Je vous trouve très beau!
- O fabuloso destino de Amélie Poulain
- Volver
- A fraternidade é vermelha


Texto escrito na Quinta-Feira, 23 de novembro de 2006.

piątek, listopada 17, 2006


o ano em que meus pais
saíram de férias
(otem)
je vous trouve très beau
(hoje)

volver
(amanhã)

czwartek, listopada 16, 2006

Ritual

O sofismo bizarro desta invencível paixão. - É assim que eu abro o meu texto.
- O Porquê?
- Não sei, foi o que me veio agora na cabeça e eu gostei.
Nada de clichês.
Eu ando muito criativa no momento, o que é meio estranho, tendo em vista a proximidade do vestibular da Fuvest. É o show! Abram as cortinas, acendam as luzes a comecem a se preparar, porque a hora do pesadelo chegou! A minha sorte é a de que eu escolhi uma carreira ainda apática na USP, não tendo que me preocupar com a data mais esperada do ano por meus colegas de sala... Talvez, se ainda estiver morando em SP em 2008, eu faça a ECA; mas é muito incerto para tocarmos no assunto.
O que me interessa, no momento é: a semana de cinema começou.
- Como assim?
- Calma, já irei explicar!
A Nana e eu andamos combinando de ver muitos filmes juntas, e com outras pessoas queridas também, é claro. O problema (ou não) é que, a cada filmes que vemos, surgem novos - e velhos - filmes a serem assistidos. A escola nos toma muito tempo, não deixando espaço para tal atividade em nossa agenda.
- Mas como a escola é egoísta!
- Não importa... Temos que respeitá-la.
Ontem, vimos "O ano em que meus pais saíram de férias" (isso mesmo, tem o em antes do que, eu não sabia...)
Hoje, assisti ao "Você é tão bonito!"
Amanhã, veremos "Volver"
No fim de semana as coisas se complicam um pouco, portanto estamos ainda decidindo o que fazer.
Mas chega de blá-blá-blá! Tenho três criticas ainda a fazer!
[mais textos em andamento, aguardem]


POST ALTERADO

środa, listopada 15, 2006

Pontezinha [Cotidiano?]

A cidade de São Paulo faz tantos barulhos esquisitos à noite...
Hoje eu estava voltando da casa da Nana a pé, tinha acabado de garoar (ou chover) e tudo parecia deserto. Comecei então a ouvir algumas vozes masculinas, mas não sabia de onde elas poderiam estar saindo.
É... talvez esses barulhos "estranhos" não sejam realmente esquisitos... Acho que é só parte de uma nóia freak que acomete paulistanos solitários andando a pé em horários pouco comuns...
A noite é tão bonita!
São Paulo é tão bonita!
Ela é sim. Não, não é feia, não é suja: isso é charme.
Essa cidade é charmosa sim!
O que estraga ela? A nóia de sempre achar que algo do pior vai acontecer. A gente se entrega a comentários do tipo: "cuidado, aquele lugar é perigoso" ou "ali a essa hora acontece cada cooooisa!"
Besteira. Boatos.
[ok ok, nem sempre]
Mas o que eu queria dizer, na verdade, é:
A cidade de São Paulo é mágica à noite.
São barulhos, cenas, pessoas, lugares, situações, fotografias, perspectivas, pensamentos, luzes, sensações... São coisas inexplicáveis que a tornam assim.
E vale a pena sair para conferir!
=)

wtorek, listopada 14, 2006

Inspiração que Hoje Me Falta

A inspiração vem. Não tem nenhuma outra explicação; ela chega, aparece, pede ao cérebro para entrar e ele deixa. Basta fazê-la agir em nosso inconsciente, já que a inspiração é folgada e, se fosse por ela, ficaria descansando na nossa cabeça o dia todo.

Inspiração é o mais importante para se escrever um texto. Mas o que se fazer se não há inspiração, e há necessidade de se ter algo escrito? É aí que entra o papel da técnica, do treino e da imaginação. Ora, é simples! Se detivermos conhecimentos teóricos de "como se fazer um texto" e o poder imaginativo de "qual idéia se defender nesse texto", ele sai. Pode não ficar brilhante, mas fica bom. Pode não tocar o leitor, mas acaba sendo correto e lógico, permitindo ao mesmo entender o que queremos dizer.

Quando há inspiração, no entanto, as coisas mudam um pouco de posição... Às vezes, não temos a técnica, ou não a treinamos, mas sabemos exatamente o que escrever, que palavras usar e a maneira de fazê-lo. A inspiração é como uma psicografia, é como se ela mesma escrevesse tomando o nosso corpo emprestado, usando a nossa mão de instrumento. É incrível o poder da inspiração! Parece mágico, auto-suficiente, enorme.

Seria preciso, também, determos alta criatividade para recebermos a visita desta bruxa (fada) que é a inspiração? Creio que não. A única coisa que ela pede é a sensibilidade e a visão artística do mundo. O resto não é necessário. A inspiração é para todos, para quem estiver aberto ao seu poder, quem quiser se entregar. Talvez ela seja como a paixão. Talvez ela seja até uma forma de paixão - mas isso eu já não sei e prefiro não afirmar.
prontinho!
post devidamente editado.

da mesma forma, alterei um pouco o formato do blog em si.
ao invés de termos a divisão de temas por:
-Infância
-Escola
-vestibular
-A mídia
-Filmes (cinema)
-Música
-Romantismo
-A Cidade de SP

A divisão será mais simples:
-Escola e Vestibular se unem, em Educação
-Literatura, música e cinema se unem, em Artes (incluindo aí outros subtópicos, como Arte, Teatro, etc.)
-A Cidade de SP muda de nome para Cotidiano, diversificando o tema
-Infância continua igual
-A mídia muda para A Sociedade, abrindo espaço para outros temas variados
-Metalinguagem & Idéias é acrecentado, dando espaço e pensamentos diversos.

Creio também que teremos a colaboração de mais uma garota, cujo nome não será ainda revelado, já que não houve a confirmação da mesma.
Sobre os comentários, daqui a pouco serão disponibilizados, pois creio que vocês não estejam conseguindo comentar (não algumas pessoas, pelo menos, né?)

wtorek, listopada 07, 2006

obs: não estou conseguindo "formatar" o texto abaixo.
não se escandalizem com o resultado.

Cartinhas

Amor pra Recomeçar
(Frejat)

Eu te desejo não parar tão cedo
pois toda idade tem prazer e medo
e com os que erram feio e bastante
que você consiga ser tolerante

Quando você ficar triste
que seja por um dia e não o ano inteiro
e que você descubra que rir é bom
mas que rir de tudo é desespero

Desejo que você tenha a quem amar
e quando estiver bem cansado
ainda exista amor pra recomeçar,
pra recomeçar

Eu te desejo muitos amigos
mas que em um você possa confiar
e que tenha até inimigos
pra você não deixar de duvidar

Quando você ficar triste
que seja por um dia e não o ano inteiro
e que você descubra que rir é bom
mas que rir de tudo é desespero

Desejo que você tenha a quem amar...

Desejo que você ganhe dinheiro

pois é preciso viver também
e que você diga a ele pelo menos uma vez
quem é mesmo o dono de quem

Desejo que você tenha a quem amar...


Nada melhor do que começar um post sobre música com uma música!
E essa eu escolhi por estar falando algo que se insere no meu cotidiano atualmente... Mas que todos deviam levar em conta, obviamente. (Eu recomendo que leiam a letra com atenção.)

Vou colocar aqui três cartinhas que mandei ao *Folhateen (uma em 2004, as outras duas este ano) e foram publicadas. Espero que gostem!


Sobre a Seção de Música (10/08/2006)

Voltando a falar de música, a cada edição do Folhateen parece que temos mais o que elogiar no caderno. Até pouco tempo atrás, confesso que acreditava que vocês estavam entrando em um período de decadência. Agora, porém, tenho me surpreendido com a qualidade de matérias sobre música que vocês têm publicado: Ramones, Iggy Pop, Talking Heads, e, é claro, o camaleão mais influente do mundo da música, David Bowie, ganham mais espaço na mídia jovem! Acho muito bacana vocês passarem informações sobre as bandas que os nossos pais ouviam, mostrando que o rock não tem nem idade nem geração definidas. Fora o preconceito contra bandas setentistas e oitentistas, como Roxy Music! Temos mais é que abrir a cabeça tanto para as novas quanto para as antigas manifestações culturais!

A Respeito da Matéria sobre Blondie (01/01/2006

Gostei muito da matéria sobre a banda dos anos 70, Blondie, que vocês publicaram hoje, 31/07/2006. Traidora ou não, ela foi muito importante tanto no aspecto musical quanto no da atitude (que punk não se lembra da foto de Debbie mostrando a calcinha no palco do CBGB?! Ou dela na cama com Joey Ramone?!). Se Blondie deixou de ser punk, foi porque o mundo todo já começava a se engajar na New Wave; bandas como Sex Pistols viriam a dar origem a grupos pós-punks, como o Public Image Ltd., ou a se caricaturizar, como o lendário Iggy Pop. Uma pena foi Blondie ter acabado, uma benção foi este novo CD ser lançado (que está, aliás, muito bom!). Parabéns, Folhateen, por ter "ressucitado" a imagem de uma das mais influentes bandas dos anos 70 e de toda a história do punk e do rock'n'roll! A foto que que vocês publicaram para ilustrar a matéria, essa vai para a minha parede, junto com outros pôsters!

Sobre a Matéria de Giuliano Manfredini (19/04/2004)

Vivemos num tempo, num mundo onde tudo é descartável e passageiro. Poucos permanecem na cabeça, na lembrança das pessoas, e, a meu ver, estes poucos são os bons. Em tempos de guerra, Gandhi é citado. Goethe, com seus versos e sua prosa ainda não foi esquecido. Não, pelo menos, quando falamos de sentimentos, quando acreditamos que eles ainda existam. E é falando deles que nossos corações despertam, deixando de lado a razão completa e a lógica que, em nossos tempos, nos ocupa a mente o dia todo.
A matéria sobre Renato Russo, escrita por seu próprio filho (Giuliano Manfredini), nos faz lembrar, como ele mesmo diz, que estes sentimentos estão dentro de nós e não deveríamos esquecê-los. Deveríamos sonhar um pouco mais. Deveríamos continuar acreditando nos sentimentos humanos e nos lembrar que há muita gente boa que não deveria ser deixada de lado. É difícil, a rotina e os deveres nos engolem, a lógica e os conceitos também. Quando li as poucas palavras de Giuliano, lembrei-me da doce voz de Renato a cantar: "amar ao próximo é tão demodê". Seria bom se pensassemos nisso sempre.


***

*Desculpem o puxa-saquismo, mas eu realmente gostei das matérias! As outras cartas mandadas a eles, com críticas mais... hum... ácidas?... não eram sobre música, logo não se inseriam neste post.

poniedziałek, listopada 06, 2006

Primeiramente

Primeiramente, gostaria de esclarecer os motivos centrais do Blog, assim como o seu formato, a sua posição e o seu tema central.

1. Como tema principal, terei a dificílima tarefa de escrever as minhas opiniões a respeito de assuntos quase polêmicos. Não, não quero causar alvoroços nem mal-estar em meus caros leitores. Quero apenas explicitar os meus pensamentos, por mais duros e pesados que eles sejam para alguns - e reconfortantes para outros.

Eu, como niilista, sofista, pós-moderna, deixo claro que nem sempre o que escrevo é o que realmente penso em minha vida, porém que é o que estou pensando e sentindo no momento em que escrevo. Afinal de contas, momentos são momentos (temos todos ataques de raiva, de riso, de alegrias ou choros)

Como diria Raul Seixas:
"Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo"
Logo, não se assustem se em algum momento eu parecer inadequada, inflexível ou até mesmo contraditória.

2. A posição do blog é clara: sempre desafiando o senso comum, ou a favor dele, se me parecer coerente. E que isso fique claro.

3. O blog será dividido em alguns temas, que estarão misturados por posts, ou fora de ordem. Nunca haverá, no entanto, textos fora desses temas. São eles: A Infância, A Escola, O Vestibular (sim, eu tive que fazê-lo!), A Midia, Filmes, Música, O Romantismo Literário e A Cidade de SP. Haverá também textos/ensaios (eu espero) sobre a juventude... A minha juventude, principalmente - e que está na flor da idade! hehehe.
Antes de qualquer post, junto com o titulo, será especificado qual em tema estará o texto inserido.

4. Os motivos?

4.1)
Poder eu publicar algumas redações/ensaios/textos livre com opiniões minhas e de algum candidato a colaborador qualquer.

4.2 e também o meu primeiro texto)
Certa vez, e não foi há muito tempo atrás (algumas horas, na verdade), estava o meu pai tagarelando no telefone com algum desconhecido a respeito do sistema de ensino atual, das diversas formas de escrita e de suas experiências pessoais sobre o assunto. Como é costumeiro a todo pai, eu fui citada na conversa.
Com um pouco de orgulho, ele começou a falar como era a minha escola, como eu fui alfabetizada e a minha relação com professores e colegas de classe. Ao ouvir o meu nome, parei para escutar o que diziam as duas pessoas ao telefone. De repente, ouvi algo que me surpreendeu. Sim, me surpreendeu (e tchan! bem vinda ao mundo adulto, querida!): o meu pai, sempre tão orgulhoso de minhas notas e meus feitos, sempre me elogiando e me incentivando, disse:
- É... Ela até que escreve *assim, bem...
E que susto que eu levei! Ora! O meu pai dizendo que eu até que escrevia "assim", bem?? Mas que absurdo! Ele, sempre me elogiando, e agora, ao falar no telefone com desconhecido qualquer, desmerece a minha maneira de escrever?! Mas que falsidade! Se acha que os meus textos não são lá grande coisa, por que não me diz então? Assim eu posso melhorar, aprimorar a minha forma de escrever.
Ao ouvir essas palavras, a primeira coisa que pensei foi:
- Eu preciso de críticas. Ácidas, mas preciso. Talvez se alguém que eu não conheça e que não tenha obrigações sociais, éticas e morais para comigo possa ser honesto!
E foi daí que surgiu a idéia deste blog.
Além do mais, seria interessante, no futuro, ler a evolução de meus pensamentos e de minha forma de escrever... Mesmo que ela seja ruim hoje em dia.

Espero que gostem!
Já tenho uma surpresinha preparada para amanhã!

***

* Assim = tom pejorativo, como que um desmerecimento